By Herizete Staneck |
Para combater a corrupção alguns defendem mudanças nos sistemas políticos, outros apostam na mudança dos governos, outros acreditam que nada pode mudar e, há quem aposte numa moralidade baseada na força.
No filme americano, Laranja Mecânica (1971) baseado na obra de Anthony Burgess (1962), “Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram”, é submetido a uma experiência científica para mudar seu o comportamento. O sucesso da experiência, contudo, mostra que ele tornou-se indefeso e “impotente para lidar com a violência que o cercava.” O protesto do capelão denuncia: “Alex foi privado de seu livre-arbítrio dado por Deus”. No fim ele voltou a ser o mesmo delinquente de antes (que crítica).
O regime da força nunca e em nenhum lugar da história da humanidade produziu mudanças permanentes no ser humano. Quando muito, o compeliu a uma falsa moralidade tal qual uma mola sob pressão pronta para voltar ao seu estado natural. Ou o homem se torna civilizado ou nada poderá fazê-lo, nem mesmo o castigo divino. É o que nos revela a história. Lembra da Nação lá do início? Não se trata do Brasil de 2015, mas de um país de 2700 anos passados.
“Então eu disse: Ouvi, rogo-vos, ó chefes de Jacó, e vós, ó príncipes da Casa de Israel: Não sois vós conhecedores do direito? Vós, que odiais o bem e sois apaixonados pelo mal, que arrancais a pele do meu povo e a carne dos seus ossos? ... Vossos líderes ajuízam debaixo da influência de subornos, seus sacerdotes ministram visando lucro, e até vossos profetas fazem revelações em troca de prata. E pior, ainda ousam apoiar-se no SENHOR, alegando: ‘Eis que Yahweh está no meio de nós. Nenhuma desgraça virá sobre nossas cabeças!’”(Miquéias 3,1-2 e 11). De modo claro e lamentável o texto mostra a união dos poderes políticos e religiosos contra os mais fracos.
O livro de Jeremias diz respeito a cerca de um povo obstinado o qual preferiu ouvir o que era conveniente (o profeta Ananiais) a mudar de comportamento. O resultado foram setenta anos de exilo. Em Malaquias (3,9) não sobra ninguém: “Estais debaixo de grande maldição, porquanto me roubais; a nação toda está me roubando.” São inúmeros os exemplos. Seja o povo escolhido ou não, a corrupção é vívida na história da humanidade desde os tempos remotos. Todavia um fato é perene: Só existe corrupção porque existe o corruptor. Quem é? Onde vive? Como age um corruptor?
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O ponto comum nas três campanhas é o mesmo, o indivíduo. Para a CGU, por exemplo, falsificar a carteirinha escolar, roubar TV a cabo, aceitar troco a mais, furar fila, apresentar atestado médico falso, tentar subornar o guarda de trânsito, bater o ponto do colega, copiar trabalho acadêmico da Internet, declarar informação falsa no IR etc., são “hábitos cotidianos de um povo que podem refletir como são encaradas os casos de corrupção com dinheiro público no país.”
By Herizete Staneck |
Corrupção? Um princípio válido a qualquer pessoa (cristã ou não). “O que é errado é errado, mesmo que todo mundo esteja fazendo. O que é certo é certo, mesmo que ninguém esteja fazendo.” – Leonardo Martins.
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