30 de janeiro de 2015

O que é certo é certo!

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By Herizete Staneck
Imagine viver em um lugar onde os líderes oprimem o povo o qual deveriam cuidar; uma nação de profunda injustiça onde as sentenças são compradas; um país onde a informação é manipulada em favor dos poderosos e o engano dos inocentes. Pior, um lugar onde até os sacerdotes só pensam em dinheiro. Imaginou?

No Brasil a corrupção é mais antiga que o próprio país, data da época em que o primeiro forasteiro trocou espelhos por riquezas. Depois disso, ela mudou de forma, sistema político, camuflou-se e pulverizou-se em partidos, instituições e governos. Nos últimos anos ela se tornou mais evidente. No mundo globalizado onde a informação é cada vez mais rápida, os valores da corrupção tornaram-se milionários. O que fazer diante destes fatos? Fugir do país? Mudar os governos ou partidos? Impor uma moral pela força? O que nós cristãos podemos/devemos fazer?

Para combater a corrupção alguns defendem mudanças nos sistemas políticos, outros apostam na mudança dos governos, outros acreditam que nada pode mudar e, há quem aposte numa moralidade baseada na força.

No filme americano, Laranja Mecânica (1971) baseado na obra de Anthony Burgess (1962), “Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram”, é submetido a uma experiência científica para mudar seu o comportamento. O sucesso da experiência, contudo, mostra que ele tornou-se indefeso e “impotente para lidar com a violência que o cercava.” O protesto do capelão denuncia: “Alex foi privado de seu livre-arbítrio dado por Deus”. No fim ele voltou a ser o mesmo delinquente de antes (que crítica).

O regime da força nunca e em nenhum lugar da história da humanidade produziu mudanças permanentes no ser humano. Quando muito, o compeliu a uma falsa moralidade tal qual uma mola sob pressão pronta para voltar ao seu estado natural. Ou o homem se torna civilizado ou nada poderá fazê-lo, nem mesmo o castigo divino. É o que nos revela a história. Lembra da Nação lá do início? Não se trata do Brasil de 2015, mas de um país de 2700 anos passados.
“Então eu disse: Ouvi, rogo-vos, ó chefes de Jacó, e vós, ó príncipes da Casa de Israel: Não sois vós conhecedores do direito? Vós, que odiais o bem e sois apaixonados pelo mal, que arrancais a pele do meu povo e a carne dos seus ossos? ... Vossos líderes ajuízam debaixo da influência de subornos, seus sacerdotes ministram visando lucro, e até vossos profetas fazem revelações em troca de prata. E pior, ainda ousam apoiar-se no SENHOR, alegando: ‘Eis que Yahweh está no meio de nós. Nenhuma desgraça virá sobre nossas cabeças!’”(Miquéias 3,1-2 e 11). De modo claro e lamentável o texto mostra a união dos poderes políticos e religiosos contra os mais fracos.

O livro de Jeremias diz respeito a cerca de um povo obstinado o qual preferiu ouvir o que era conveniente (o profeta Ananiais) a mudar de comportamento. O resultado foram setenta anos de exilo. Em Malaquias (3,9) não sobra ninguém: “Estais debaixo de grande maldição, porquanto me roubais; a nação toda está me roubando.” São inúmeros os exemplos. Seja o povo escolhido ou não, a corrupção é vívida na história da humanidade desde os tempos remotos. Todavia um fato é perene: Só existe corrupção porque existe o corruptor. Quem é? Onde vive? Como age um corruptor?

www.facebook.com/cguonline
1 – Em meados de 2008 o artigo intitulado: “Pirataria ainda é crime” foi tema de uma campanha cujo objetivo era alertar sobre os valores éticos, morais e, principalmente, espirituais em relação às cópias não autorizadas de programas, músicas etc. A campanha teve culto de lançamento, camiseta com slogan do artigo e até uma divisa: “Não furtarás!” (Êxodo 20,15). 2 – "Ser como Cristo praticando a Bíblia!" foi o tema proposto pela Convenção Batista Brasileira (CBB) para o ano de 2012. A preocupação com a integridade estava destacada na ênfase: “Desafiados à prática da bíblia para ser padrão de integridade”. 3 – Em junho de 2013 a Controladoria Geral da União (CGU) lançou a campanha: “Pequenas corrupções, diga não!” cujo objetivo principal é “conscientizar os cidadãos para a necessidade de combater atitudes antiéticas – ou até mesmo ilegais –, que costumam ser culturalmente aceitas e ter a gravidade ignorada ou minimizada”.

O ponto comum nas três campanhas é o mesmo, o indivíduo. Para a CGU, por exemplo, falsificar a carteirinha escolar, roubar TV a cabo, aceitar troco a mais, furar fila, apresentar atestado médico falso, tentar subornar o guarda de trânsito, bater o ponto do colega, copiar trabalho acadêmico da Internet, declarar informação falsa no IR etc., são “hábitos cotidianos de um povo que podem refletir como são encaradas os casos de corrupção com dinheiro público no país.”

A raiz da corrupção está todos nós. Cabe a cada um fazer (individualmente) é dominar sobre esse mal. “Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Entretanto, se assim não fizeres, sabe que o pecado espreita à tua porta e deseja destruir-te; cabe a ti vencê-lo!” (Gênesis 4,7). A única diferença entre furtar uma caneta e roubar bilhões da refinaria de Pasadena é o tamanho do dano. Tudo mais é rigorosamente idêntico. O princípio é o mesmo e o sujeito também é. Como dizia mamãe: “quem rouba um centavo ou um milhão é ladrão do mesmo jeito”.

By Herizete Staneck
Portanto, ninguém pode acabar com a corrupção no Brasil ou qualquer outro país. No máximo pode-se reprimi-la pela força. Por outro lado, ninguém pode obrigar uma pessoa a ser corrupta: muito menos um cristão. O que podemos fazer? Cada um examine a si mesmo e pergunte: eu faço essa ou aquela coisa? Se cada um cuidar de si nas pequenas coisas já será um ótimo começo. “Foste fiel no pouco, muito confiarei em tuas mãos para administrar.” (Mateus 25,21).

Corrupção? Um princípio válido a qualquer pessoa (cristã ou não). “O que é errado é errado, mesmo que todo mundo esteja fazendo. O que é certo é certo, mesmo que ninguém esteja fazendo.” – Leonardo Martins.

29 de janeiro de 2015

Abraão o pai da fé madura

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1 - Abraão, confiando em Deus, deixou sua terra e peregrinou por longos anos em terra estranha. Conhecido por sua grande fé, ele também duvidou. Por duas vezes mentiu dizendo que Sarai (esposa) era sua irmã. Passados dez anos da promessa (ser  pai), aceitou a sugestão da esposa: ter sua descendência da escrava egípcia, Agar ...

2 - É comum atribuir a Sara nome de Isaque (riso), todavia foi Abraão quem riu primeiro da promessa de Deus. "Porque eu a hei de abençoar, e te darei dela um filho; e a abençoarei, e será mãe das nações ... Então ... Abraão ... riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? E dará à luz Sara da idade de noventa anos?" Mas, de novo!?

3 - Tempos depois Abraão teve fé suficiente para oferecer seu único filho em sacrifício a Deus. Segundo o livro aos hebreus, confiava: 1) Na promessa ("... Isaque será chamada a tua descendência") e 2) no poder de Deus ("... era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar"). O tempo e o relacionamento com Deus fez de Abraão o "pai da fé". Abraão, um "herói" de carne e osso com virtudes e defeitos: bem humano!

28 de janeiro de 2015

Caim, um nome almaldiçoado. Será?

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1 - Seria seu nome, Caim, uma maldição? Seria ele um predestinado? Após agir de modo errado Deus o inqueriu. "Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?" Era a dica para mudar de atitude. Todavia ele decidiu olhar para o lado (Abel) e inveja-lo. Mas, que escolha ele teria? Não é esse o seu nome? Nomes não carregam maldições? Sabe fazer bolo?

2 - Segundo aviso: "se não fizeres bem, o pecado jaz à porta ... mas sobre ele deves dominar." Caim estava preste a perder o controle da sua vida e do seu destino. Ainda dava tempo de mudar sua história.  Só dependia dele. Na receita, o fermento é a menor parte, no entanto é ele quem faz o bolo triplicar de tamanho. Caim fermentou o mal em sua mente. E claro, ele cresceu, tomou forma até que, finalmente, "ficou pronto". Matou!

3 -  Caim não era um predestinado a ser mau por causa do seu nome (ninguém é). Vítima dos maus pensamentos ele tornou-se amaldiçoado por causas das suas escolhas e atitudes. Errou (poderia refazer), pensou (poderia dominar), planejou (poderia desistir) e, executou (não havia mais volta). Das quatro, só a última fase era irreversível. Pobres pais: um filho assassino outro assassinado. Sabe fazer bolo? Não esqueça o fermento. Maus pensamentos? Melhor deixar "solar".

"E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão" (Gênesis 4,11)

26 de janeiro de 2015

A inveja matou Caim

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1 - “Onde está teu irmão Abel?” Retrucou Caim: “Não sei; acaso sou eu o protetor do meu irmão?” A pergunta é retórica, a resposta uma fuga. Caim havia acabado de matar seu irmão. Mas por que ele faria tal coisa? Inveja! Como diz o dito popular “a inveja matou Caim”. Inveja do que?

2 - Caim: 1) nome do primeiro filho de Adão e Eva; 2) verbo (entoar uma canção fúnebre). Abel (hebel): 1) nome próprio; 2) sopro, espírito. Abel ofereceu a Deus suas premissas, ou seja, o que era mais importante ou prioritário. Deus aceitou a sua oferta, mas não aceitou a oferta de Caim. Por que não?

3 - Quando o espírito (hebel) é reto as prioridades são claras e as atitudes corretas, portanto são aceitas por Deus. Caim, se irou porque a sua oferta não fora aceita. "Por que te iraste? ...  Se bem fizeres, não é certo que serás aceito?" Além de não agir corretamente, intentou e matou seu irmão. A inveja é assim, mata o espírito nobre.

"e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou." (Gênesis 4,8b)

24 de janeiro de 2015

Jesus: como um menino, confia no Pai.

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1 - Ao clamar “nas tuas mãos entrego o meu espírito”, Jesus faz referência ao salmo 31,5 confiando que o Pai o resgataria. “Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me redimiste, Senhor Deus da verdade.” Espírito aqui é fôlego (hebel), mesma palavra que dá nome ao segundo filho de Adão, Abel.

2 - A escuridão da noite está muito associada ao medo do desconhecido (muitos salmos falam disso). “nas tuas mãos entrego o meu espírito” fazia parte da oração que as crianças faziam antes de dormir. Ou seja, como um menino que confia que o Senhor vela por seu sono e traz um novo amanhecer, Jesus entrega seu futuro nas mãos do Pai.

3 - Em seu último ato antes de morrer Jesus, como Abel (hebel), entrega o seu melhor ao Pai. A despeito da imensa dor e sofrimento, a despeito da separação da família e, de toda injustiça sofrida, Jesus decide confia a Ele seu "sopro" porque sabia que isso era o melhor a fazer, entregar. Porque Deus, o Pai, é especialista em fazer o melhor, resgatar.

5 de janeiro de 2015

A tigela de madeira

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Um frágil e velho homem foi viver com seu filho, a nora e o neto de quatro anos. As mãos do velho tremiam, a vista era embaralhada e o seu passo era hesitante.

A hora da refeição era ainda mais complicada. Por causa das mãos trêmulas, por vezes o garfo ou a comida acabava caindo no chão. Ao pegar seu copo de leite, ele acabava derramando um pouco na toalha da mesa, o que irritava muito o filho e a nora.

“Nós temos que fazer algo com respeito ao papai”, disse o filho. “Já tivemos bastante do seu leite derramado, ouvindo-o comer ruidosamente e de sua comida pelo chão”.

O casal decidiu então colocar uma pequena mesa em um canto da cozinha, onde o velho comia sozinho, enquanto a família desfrutava do jantar no lugar de costume. Desde que o avô tinha quebrado um ou dois pratos, a comida dele passou a ser servida em uma tigela de madeira.

Quando a família olhava de relance na direção do velho, às vezes percebiam nele lágrimas nos olhos por estar só. Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha para ele eram advertências acentuadas por derrubar algo no chão. O menino assistia e prestava atenção a tudo em silêncio.

Certa noite, antes da ceia, o pai notou que a criança estava brincando no chão com sucatas de madeira e perguntou docemente ao menino: “O que você está fazendo?”

De modo inocente ele respondeu: “Eu estou fabricando uma pequena tigela para você e a mamãe comerem sua comida quando eu crescer”, e voltou a trabalhar.

Essas palavras fizeram os pais emudecerem e as lágrimas vieram aos seus rostos. Naquela mesma noite, o pai pegou o avô gentilmente pelas mãos e o levou até a mesa de jantar onde ele passou a comer com a família todos os dias.  A partir daquela data o casal não se importava mais com o garfo ou a comida que caía no chão, nem com o leite derramado sobre a toalha da mesa. (adaptado de autor desconhecido).

O estatuto do idoso completou 11 anos no dia 1º de outubro, no entanto, ele só terá efeito quando for entendido no seio das famílias. Nesse sentido, aliás, nem seria necessário um estatuto.

Eis aí a tua mãe!
Nós, cristãos, temos a Palavra a qual nos ensina muito a respeito deste assunto. “Honra a teu pai e tua mãe”, “Ensina a criança no Caminho em que deve andar”, “cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades”. Todavia, dentre todos, o que eu mais gosto vem do Mestre. “Quando Jesus, contudo, viu sua mãe e junto a ela o discípulo a quem Ele amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí teu filho!’” (Jo 19,26).

Em meio à dor torturante da cruz e antes que tudo fosse consumado (v. 30) Jesus lembrou-se daquela que o carregou no ventre, alimentou e o educou até que se tornasse homem feito. Não, Ele não poderia deixá-la só, então: “Em seguida, disse Jesus ao seu discípulo: ‘Eis aí a tua mãe!’ E daquele momento em diante, o discípulo amado a recebeu como parte de sua família.” (Jo 19,27b)

A melhor notícia de todos os tempos!

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É Natal! O Filho nasceu trazendo perdão ao mundo. Perdão que trouxe a reconciliação entre o Pai e os homens de boa vontade. É Natal, perdoe! Porque Ele nos perdoou sem levar em conta as nossas faltas, sem olhar o nosso passado ou o tamanho dos nossos erros.

É Natal! Sem o perdão não haveria paz com Deus, por isso Ele é chamado o Príncipe da Paz. É Natal, tenha paz! Porque Ele dá a Paz que excede todo entendimento. Uma paz que só é possível se o perdão for verdadeiro, integral e irrevogável. Perdão autêntico, paz completa.

É Natal! O Rei abandonou a sua glória para ser servo. Nem palácios, nem castelos, nem sacerdócios ou poderes. Nasceu humilde sem encontrar um lugar para ficar. É Natal, seja humilde! Porque Ele se sujeitou ser gerado, alimentado e cuidado por uma família simples.

É Natal! Ele nos amou até o fim, aceitando a morte na Cruz. É Natal, ame! Porque Ele nos amou sem esperar nada em troca. Foi traído, humilhado, esquecido e rejeitado desde o primeiro dia e, ainda assim, não desistiu porque sabia que valeria a pena. “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito” (Isaías 53,11)

O sentido do Natal está na grandeza deste dia. “E o anjo lhes disse: ... trago novas de grande alegria, que será para todo o povo”. Mas, que notícia maravilhosa é essa? Jesus nasceu!

Que em cada lar haja uma “manjedoura” onde (re)nasça “o Menino”. Que o Natal esteja em cada família reconciliada com Deus pelo perdão e paz, unidas em humildade e amor entre todos para os quais Ele veio. O Menino nos nasceu! Essa é a maior notícia de todos os tempos.

Não importa, se acaba bem

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