20 de dezembro de 2011

“Foi sem querer querendo”

A conhecida frase do “Chaves” – personagem de Roberto Gómez Bolaños "Chespirito" – era seu modo de pedir desculpas por algo que havia feito de errado. No programa ele sempre agredia o “seu Madruga” – personagem de Ramón Gómez Valdez y Castilo – depois pedia desculpas.

Esse comportamento do programa de “comédia” é muitas vezes protagonizado na vida real. Muitos acham engraçado dizer o que pensam sem dó nem piedade – palavras destemperados de sal – depois dizem simplesmente: Eu estava brincando.

Sigmund Freud chama isso ato falho: “Ato falho é um equívoco na fala, na memória, em uma atuação física, provocada [...] pelo inconsciente [...]  isto é, através do ato falho o desejo do inconsciente é realizado. [...]  Os atos falhos são diferentes do erro comum, pois este é resultado da ignorância ou conveniência”*.
É preciso atenção ao que se fala e faz porque segundo outra corrente dizemos dos outros aquilo que somos (mas detestamos) ou gostaríamos de ser (mas não somos).

Segundo a Bíblia, é preciso cuidar da mente (coração), de onde provém aquilo que realmente somos (Mt 12.35). “Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca”. (Mateus 12.34b). De cada uma destas palavras daremos conta (Mt 12.36) tanto para o juízo quanto para condenação (Mt 12.37).

É preciso cuidar da espiritualidade porque “o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem”. (Mateus 15.18)

Precisamos parar de magoar as pessoas justa ou injustamente. Se há algo a ser dito que seja em particular como nos ensina a Escritura para ambos sejam edificados (Mt 18.15). Que sejam palavras temperadas com sal (Cl 4.6). Façamos aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem (Lc 6.31), ainda que nunca nos tenham feito.

Que seja o nosso falar sim, sim ou não, não, “porque o que passa disso procede do maligno” (Mt 5.37). Nós, crentes em Jesus, não precisamos de nada disso.

Portanto, cuidemos das nossas palavras e coração com o mesmo zelo como cuidamos das demais áreas da nossa vida.


*http://www.brasilescola.com/psicologia/ato-falho.htm

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