Vimos que Jesus possuía muitas virtudes na sua missão de ensinar seus discípulos. Ele também tinha paciência, muita paciência. Todos nós que exercemos o ofício de ensinar sabemos que esta é a primeira e a maior de todas as virtudes, e Jesus a tinha de sobra. Pedro foi a maior testemunha dela.
Porque quando Pedro duvidou, quase desafiando a Jesus, ele lhe disse: “Vem! E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus”. (Mateus 14:29). Porém, quando Pedro temeu e começou a afundar Jesus não escarneceu dele. Ao contrário, estendeu-lhe a mão e ensinou-lhe que deveria ter mantido a mesma fé dos seus primeiros passos.
Quando Pedro cortou a orelha do soldado, Jesus o acalmou “Pedro: Põe a tua espada na bainha” (João 18:11). Quando Pedro promete fidelidade mesmo frente à morte, Jesus o adverte que ainda não estava preparado. “antes que o galo cante, três vezes me negarás.” (Mateus 26:34). Mais tarde, Jesus não somente o perdoou como mandou chamar seu amigo “Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro” (Marcos 16:7).
Quando Pedro desistiu “Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar.” (João 21:3) Jesus começa tudo novamente “(...) Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis.” (João 21:6). Jesus não desistiu de Pedro, antes confiou a este homem cheio de limitações uma grande missão. “Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.” (João 21:17).
O tempo já se estava acabando, mas ainda havia tempo para uma última lição: o Senhor é soberano! “Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu.” (João 21:22).
Jesus tinha como objetivo claro seu sacrifício (sua principal missão) e sabia que precisaria de líderes que lhe fossem testemunha “tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” (Atos 1:8). E na tarefa de formar seus futuros líderes Jesus foi incansável. Dormia com eles, acordava com eles, chorava e orava com eles. Sim, Jesus os conhecia porque decidiu investir seu tempo e sua vida àqueles homens até que fossem transformados, até que fossem capazes de morrer pelo por seu Mestre. E valeu a pena. Porque Pedro o colérico, aprendeu; Mateus o publicano aprendeu, João o pescador aprendeu ... E nunca na história se teve notícias de alguém que tendo mudado 12 homens simples mudasse também o mundo inteiro.
Hoje, Jesus não está mais entre nós, mas deixou-nos o exemplo. Ele nos ensina que, como diria a professora Nancy Dusilek: "um líder forma líderes". Ele também nos ensina que quem faz a diferença não é o aluno, mas o mestre!
Portanto, se queremos formar líderes capazes de transformar o mundo haveremos de pagar o preço com tempo, com paciência, com dedicação e com muito amor para com àqueles que virão depois de nós. Precisamos fazer como Jesus, confiar em quem o Senhor nos entregar e de modo alguns laçá-los fora. Precisamos confiar no chamado e, precisamos confiar no homem.
Este é um memorial, um altar para que eu nunca esqueça. Para que no meu coração fique ecoando sempre esta mensagem: um líder forma líderes, um líder forma líderes, um líder forma ....
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado (...)” (Mateus 28:19,20)
“Que havemos de fazer a estes homens? (...) ameacemo-los para que não falem mais nesse nome [de Jesus] a homem algum. (...) Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido”. (Atos 4:16-20)
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