Uma paráfrase do conto de George Orwell. Numa fazenda os porcos, olhando através da janela, perceberam que os fazendeiros gozavam de conforto as custas do trabalho, do sacrifício e da vida dos animais. Os porcos chamaram a atenção dos demais bichos e considerando a injusta situação deles, propuseram uma greve para o dia seguinte (continua ...)
Curiosamente, nós brasileiros temos, em nossa cultura, o hábito de aderimos como esponjas os modelos de outros países, que sequer falam nossa língua. No entanto, nos esforçamos amargamente para falar a deles. Isso não é por acaso. Se por um lado estes países têm demonstrado suas competências, por outro temos que observar o quanto isso lhes custou.
Líderes deveriam ser capazes de pensar com autonomia e não confiar unicamente em seus representantes. O líder precisa ser capaz de discernir com clareza, ser comprometido com o objetivo e ainda que deva delegar tarefas, antes de tudo, precisa saber que a responsabilidade é sua!
Como futuros líderes deveríamos, antes de tudo, ser capazes de perceber, discernir e escolher. Perceber o que realmente acontece; discernir entre o que é bom e o que não é; para então, escolher o melhor caminho.
No dia seguinte os fazendeiros não entenderam por que não haviam ovos, nem por que animais não trabalhavam. Então decidiram tentar saber o motivo do motim com os próprios animais da fazenda....
Para isso, o líder cristão precisa pagar o preço de sua liderança. Receberá sobre si o ônus e o bônus dos resultados. O líder precisa ser antes de tudo comprometido com os objetivos e não pode, em hipótese nenhuma, abrir mão deles ou pior, não saber para onde vai. Se olhamos para O alvo não nos perdemos, mas temos olhado para a flecha e por isso temos errado. Se percebermos as verdadeiras razões do que se move a nossa volta saberemos facilmente para onde estão indo e quais as suas verdadeiras intenções.
Certamente o líder precisa saber delegar, delegar tarefas e não a liderança. A não ser no caso de estar preparando um substituto. O líder precisa ter como pré-condição a capacidade de ser liderado enquanto está em fase de treinamento. Precisa saber trabalhar em equipe, mas também precisa assumir o risco de não fazê-lo quando necessário.
O líder, mesmo em treinamento, precisa discernir quando deve ser conduzido por Moisés e quando assumir o risco de ser Josué. Mesmo que tenha que se voltar contra a maioria, “democraticamente” falando. Não confundir insubordinação com atitude, nem submissão com subserviência, ou pior, com omissão, indolência, preguiça, conformismo etc. Não podemos delegar a outros a responsabilidade que é nossa!
Após serem atendidas algumas reinvidicações, os porcos foram eleitos representantes dos bichos para receberem os benefícios. Mas, aos poucos, as coisas foram se moldando....
A questão da liderança salta aos olhos porque temos confundido alguns desses preceitos, inclusive bíblicos, e temos delegado (ou relegado) a outros aquilo que o Senhor nos confiou para fazermos. Porque Ele nos chamou de forma especial para lideramos com discernimento, compromisso e responsabilidade.
O item 7 foi o último a ser “corrigido”: “Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros”. No final, olhando através da janela, os animais felizes viam os porcos sentados à mesa com os fazendeiros. E já não se podia discernir quem eram os homens e quem eram os porcos.
"Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem." (Mateus 7:6)
─────────────────────────────────────────────────
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradeço por seu comentário. Volte sempre.