26 de março de 2015

Valorize seus pais

Um jovem candidatou-se a uma posição sênior em uma grande empresa. Ele passou na entrevista inicial e foi ao encontro do diretor para a entrevista final. Após observar o excelente currículo do rapaz o diretor perguntou:

– Você recebeu alguma bolsa na escola?
– Não, – respondeu o jovem.
– Foi o seu pai que pagou pela sua educação?
– Sim, – afirmou.
– Onde é que seu pai trabalha?
– Meu pai faz trabalhos de serralheria.
O diretor, então, pediu que o rapaz lhe mostrasse as mãos. Eram mãos macias e perfeitas.

– Alguma vez você já ajudou seu pai no seu trabalho?
– Nunca, meus pais sempre quiseram que eu estudasse e lesse muitos livros. Além disso, ele pode fazer essas tarefas melhor do que eu.

Então o diretor lhe disse:
– Eu tenho um pedido. Quando chegar a casa, vá e lave as mãos de seu pai, e venha me ver amanhã de manhã.

O jovem sentiu que havia uma chance muito grande de conseguir o emprego. Quando voltou para casa, ele pediu a seu pai que o deixasse lavar suas mãos. O pai achou pedido estranho. Feliz e com sentimentos misturados estendeu as mãos para o filho.

O rapaz passou a lavar as mãos de seu pai lentamente. Foi a primeira vez que ele percebeu que elas estavam enrugadas e tinham muitas cicatrizes. Algumas contusões eram tão doloridas que sua pele se arrepiava quando ele as tocava. Só então ele se deu conta do significado deste par de mãos: trabalhando todos os dias para pagar os seus estudos. As contusões nas mãos de seu pai eram o preço que ele pagou por sua educação, suas atividades escolares e seu futuro.

Depois de limpar as mãos do pai, o jovem, em silêncio, passou a arrumar e a limpar a oficina. Naquela noite, pai e filho conversaram por um longo tempo.

Na manhã seguinte, o rapaz foi encontrar-se com o Diretor. Percebendo as lágrimas nos olhos do moço ele perguntou:
– Você pode me dizer o que você fez e o que você aprendeu em sua casa ontem?

O rapaz respondeu:
– Lavei as mãos de meu pai e também terminei de limpar e organizar sua oficina. Agora eu sei o que é valorizar e reconhecer. Sem meus pais, eu não seria quem eu sou hoje. Por ajudar o meu pai, agora eu percebo o quão difícil e duro é conseguir fazer algo por conta própria. Eu aprendi o que é apreciar, dar importância e o valor de se ajudar a família.

Então o diretor disse:
– Isso é o que eu procuro no meu pessoal. Quero contratar uma pessoa que possa apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça os sofrimentos dos outros para fazer as coisas, e que não coloque o dinheiro como seu único objetivo na vida. Você está contratado.

Uma criança que tenha sido protegida e habitualmente dado a ela tudo o que quer, desenvolve uma mentalidade do “eu tenho direito”, e sempre se coloca em primeiro lugar, ignorando os esforços de seus pais. Se somos esse tipo de pais protetores, estamos realmente demonstrando amor ou estamos destruindo nossos filhos?

Você pode dar ao seu filho uma casa grande, boa comida, as melhores escolas e uma TV de tela grande. Mas quando você está lavando o chão ou pintando uma parede, por favor, que ele também experimente essas coisas. Depois do almoço, que lave os seus pratos com os seus irmãos e irmãs. Não é porque você não tem dinheiro para contratar alguém que possa fazer este trabalho; mas porque deseja amá-lo da maneira correta. Não importa o quão rico você seja, o que quero que entenda é: um dia você vai ter cabelos brancos como a mãe ou o pai deste rapaz.

O mais importante é que a criança aprenda a apreciar o esforço e a ter a experiência da dificuldade, aprendendo a capacidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.

Texto baseado em: vigiai.net/artigos/licao-de-vida

Adaptação e tradução livre – Leonardo Martins

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