18 de março de 2015

Respeite os mais velhos!

Quando criança aprendi com meus pais: “respeite os mais velhos”. Ao longo dos anos a mídia e a sociedade ocidental passaram a enaltecer cada vez mais a juventude. Em 1984 o grupo alemão Alphaville gravou a música Forever Young (para sempre jovem), do álbum de mesmo nome, alcançando grande sucesso nos Estados Unidos e no Brasil. Com uma bela melodia e uma letra forte tornou-se uma espécie de hino à juventude. “Deixem-nos morrer jovens ou deixem-nos viver para sempre”, dizia um dos trechos da música. O refrão era ainda mais direto. “Para sempre jovem / Eu quero ser para sempre jovem / Você realmente quer viver para sempre? / Para sempre ou nunca”.

A música é apenas uma referência ao espírito da época. Aos poucos “velho” passou a significar obsoleto, ultrapassado ou, no mínimo, o que menos se deseja ser. Hoje, chamar alguém de velho é “deselegante”, por isso há tantos codinomes mais palatáveis. Aos poucos as rugas e os cabelos brancos – de grande valor nas comunidades indígenas, por exemplo –, tornaram-se símbolos de vergonha ou enfado.

Onde ficou o ensino de meus pais? Que valores tem uma sociedade que não respeita os mais velhos? Afinal, “Você realmente quer viver para sempre? Para sempre ou nunca?”

Pesquisando sobre o assunto deparei-me com um cartaz que dizia: “Respeitar as pessoas mais velhas é tratar o próprio futuro com respeito”. Mesmo sem conhecer a Bíblia, o ensino de meus pais estava correto. “... Deus não se permite zombar. Portanto, tudo o que o ser humano semear, isso também colherá!” (Gl 6.7b). O texto refere-se a outro assunto, mas se aplica perfeitamente a este caso. “E não nos desfaleçamos de fazer o bem, pois, se não desistirmos, colheremos no tempo certo. Sendo assim, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, principalmente aos da família da fé” (Gl 6.9-10).

Não, eu não quero ser para sempre jovem, e, ainda que quisesse, sei que não poderia. Portanto, vale ainda o velho conselho: Respeite os mais velhos!  Ensinaram-me meus pais e me ensina a Palavra.

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