8 de outubro de 2010

A Autoridade em Jesus ou de Jesus?

Apesar de teremos a Bíblia na mão, muitos de nós não a leem como faziam as gerações passadas. Mas isso não significa que havia mais entendimento do que hoje sobre alguns assuntos simples da Escritura. Se alguém perguntasse: de onde vinha a autoridade de Jesus? Qual seria a resposta mais provável? De Deus é claro.

De fato a resposta não estaria errada, a não ser pelo fato de, primeiro, precisarmos definir o significa da expressão “de Deus”. Se significar que Jesus tinha autoridade por ser filho de Deus a resposta está equivocada. A autoridade de Jesus NÃO vem de sua hereditariedade paterna.

É preciso considerar quem foi Jesus desde sua concepção. Quem acompanha a gestação de um bebê sabe que ele vai crescendo dentro do útero materno. Logo, Jesus tinha aproximadamente oito centímetros aos três meses, aos quatro meses já tinha massa encefálica e cerca de quinze centímetros, e assim por diante. Jesus foi crescendo, crescendo, crescendo, até que, finalmente, depois de nove meses, nasceu como qualquer outro bebê. Foi frágil e dependente do cuidado dos pais para sobreviver. Ora Jesus foi criança, adolescente, jovem e finalmente adulto. Como eu e você se alimentava e, claro, também ia ao banheiro. Não quero aqui “desespiritualizar” Jesus. De forma alguma! Ele nasceu da semente de mulher e não pecou. Nisso foi diferente de nós!


Então, como podemos explicar sua autoridade vinda do alto? Seria porque Ele não pecou? diriam.

A Bíblia é clara quanto à vida de Jesus. Como todo menino Judeu ele aprendeu com a mãe, Maria, e com o pai, José, sobre as Escrituras. Lhe ensinaram tão bem no dia do Bar Mitzvá disputava como os religiosos e “todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas.” (Lucas 2.47) É muito curioso que nós poucas vezes percebemos o final deste capítulo de Lucas: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens. (Lucas 2.52). Foi com a Palavra que Jesus resistiu a tentação do Diabo por três vezes citando Dt 8.3, Dt 6.16 e Dt 6.13. Nesta passagem (Mateus 4.1-9) Jesus não diz “me foi revelado” ou “eu já sabia”. Diz claramente por três vezes “está escrito”. Isso implica no Seu conhecimento profundo da Lei (Torah). Ele não a lia simplesmente, mas, principalmente, a guardava no seu coração.

Mas somente conhecer muito bem a Escritura não é o bastante. Mesmo Nicodemos, um príncipe entre os Judeus, não a compreendia muito bem. Nicodemos, diferentes de seus colegas fariseus, reconhecia a autoridade de Jesus pelos sinais que o Mestre fazia. Então, voltamos à pergunta: De onde vinha esta autoridade?

Acontece que os sinais que Jesus fazia estavam sempre permeados pela oração. Oração antes, durante e depois. No dia da decisão mais difícil de sua vida, Jesus estava tão angustiado que suava sangue, enquanto orava ao Pai. Após a multiplicação dos peixes ficou sozinho para orar. Orava pelos discípulos, orava pela manhã, a tarde, a noite e na madrugada. Jesus orava tanto que certa vez “... estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos.” (Lucas 11.1)

Essas eram as fontes da autoridade de Jesus. Não era nenhum tipo de “fenômeno” ou "herança genética”. Era uma autoridade lapidada e forjada na obediência ao Pai. Obediência de quem conhece (pela Escritura) e é conhecido (pela vida de Oração). Ou como diria o Pr. Joed uma vida voltada para o básico de qualquer crente.

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