17 de março de 2010

Quando tudo parece perdido, eles estão morrendo de medo

Sociedade dos poetas mortos é, certamente, um dos melhores filmes que já vi. Duas cenas me marcaram até hoje. A primeira é aquela em que o professor rasga todo o primeiro capítulo do livro de literatura, levanta, vai até o quadro de ex-alunos no corredor e diz: “vocês estão ouvindo o que eles estão dizendo? carpe diem”. (“colha o dia” ou “aproveita o momento”). (continua...)

Vladimir Maiakóvski, jamais imaginaria ver o dia em que aqueles que têm medo se levantariam e falariam tão alto e claro que todos teriam que ouvi-los. Logo eles os fracos, os oprimidos, os sem voz, os sem prestígio. Mas eles se levantaram e falaram, e como falaram. Meninos tornados adultos, postura de gente grande com o coração de gente inocente.

Que não os tomem por tolos. Primeiro soltaram o pitbull para ver o que aconteceria. A velha e manjada estratégia do “tira bom” e do “tira mau”. O famoso um morde o outro assopra. Não colou. E agora? Meninos, eles nunca não vão admitir, mas deixa eu contar-lhes: eles estão morrendo de medo. Medo de os enfrentar novamente porque agora, vocês estão mais fortes e mais sábios.

Na quinta e sexta passadas vimos a introdução da história que esses meninos (será) começaram a escrever. Hoje, meus olhos testemunharam a introdução do capítulo. E que beleza de obra. É verdade, ainda precisa de polimento, mas como foi bonito de ver esse “nascer do sol”.

Mas porque falam tão alto? O que querem esses moços afinal? Pelo que lutam?

Eles lutam por você, porque não há nada mais precioso que a vida humana. “Mas, se ergues da justiça a clava forte, / Verás que um filho teu não foge à luta, / Nem teme, quem te adora, a própria morte”. Se o hino nacional nos inspira que dirá a Palavra: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;” (Mateus 5:6). A misericórdia foi o único propulsor para transformar meninos medrosos em homens arrojados e maduros. Quem é o meu próximo? O que teve misericórdia. (Lucas 10:29-37).

Eles lutam pelos que vieram antes e pelos que virão depois. Gente que não conhecem nem conhecerão, mas sabem que no mesmo lugar onde dobram seus joelhos todos os dias, outros o fizeram antes deles e também o farão outros tantos. Eles lutam pela nossa história.

Esses moços barulhentos querem passar alimpo nossa moral, porque a ética existe (a Bíblia), mas a moral (as ações) não dão testemunho daquela. Esses moços sabem que toda boa limpeza começa por tirar a sujeira debaixo do tapete e quanta sujeira estamos vendo (e nem levantaram todo o tapete). Mas cá pra nós (eu e você) já sabíamos disso não é verdade.

Meninos, permaneçam firme mas cuidado! Existem ainda dois grandes perigos. O primeiro é o medo. Quando alguém se sente acuado é capaz de qualquer coisa. Não por maldade em si, é a lei da sobrevivência, portanto estejam alerta. O segundo é também o maior de todos, a vaidade. Ela e doce e mortal como o diabetes. Percebam meninos, foi última cartada de Satanás. “Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares”. (Mateus 4:8,9). Resitam a tentação porque certamente ela virá.

A segunda cena marcante é aquela que, quando tudo parecia perdido os meninos foram se levantando um a pós o outro e sem dizer nada subiram nas carteiras do colégio. Ali e naquele instante eles venciam o medo. Naquela hora deixavam de ser meninos para ser tornarem homens, curiosamente nem se davam conta isso.
Meninos, carpe diem!

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Um comentário:

  1. Voz do que clama no deserto...

    Grande texto, grande percepção. Vejo com bons "olhos" esses dias, pois mostra que o STBSB continua sendo celeiro de líderes, críticos pela ética e moral sendo aprendida a cada dia.

    STBSB - Berço de líderes!

    Eu aceito carpe diem, pois estou tranquilo quanto a essa nova geração e estou feliz por estar nela.

    Vamos lutar pela identidade dos batistas.

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