28 de novembro de 2012

Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos [muito felizes]

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O dia 17 de novembro de 2012 ficará gravado para sempre em nossa memória. A formatura das meninas de pedagogia foi marcada pela simplicidade e profunda emoção que a todos nós contagiou. Conquanto seja esta a última turma de Pedagogia do Seminário do Sul, a formatura constitui uma vitória pessoal, uma vitória da nossa família e uma vitória de todos os batistas brasileiros.

Certamente foi Deus quem deu a visão de criar um curso de Pedagogia com “visão missionária”. O único do Rio de Janeiro, quiçá do Brasil, com “Ênfase em Educação Cristã”. Nada mais estrategicamente missionário: professores cristãos lecionando nas escolas brasileiras.

Certamente não foi em uma simples reunião que tudo aconteceu. Foram meses de trabalho árduo reunindo, estudando, elaborando e reelaborando o projeto a ser apresentado e reapresentado nas Assembleias. Custou o empenho de muitos voluntários apaixonados por educação e missão, capazes de resistir as mais duras críticas dos convencionais em prol de uma causa: a visão do Senhor em suas mentes e corações.

Não foi menor a luta e resistência dos batistas em busca do reconhecimento do curso frente ao MEC. Qualquer reconhecimento começa no projeto avançando para muito além deste. São várias as visitas da Comissão e a cada uma delas novas exigências são feitas. O comprometimento não é suficiente para alcançar um alvo desta envergadura. São necessárias, também, pessoas competentes, muito competentes.

O investimento financeiro não foi menor. Desde a entrada no processo até o reconhecimento foram muitas as mãos generosas a custear cada etapa, cada visita,  cada cumprimento de uma exigência. Batistas brasileiros investindo dinheiro e orações em prol desta nobre causa missionária. A Educação Cristã.

De fato, Deus ouviu nosso clamor. Como justificar mais um curso de Pedagogia tão próximo a outros também reconhecidos? De um modo surpreendente o diferencial (a Educação Cristã) pesou na decisão da comissão do MEC. Contudo, que o Senhor quebrantou os corações dos membros da Comissão disso não há dúvidas.

O reconhecimento veio duplamente: do curso, pelo MEC e da qualidade do mesmo, conforme classificou o ENADE na época.

Mas foi somente neste ano que a visão tornou-se real. A oportunidade ímpar de termos nossos irmãos aprovados, por concurso público, como “Professores de Ensino Religioso”. Pessoas tementes a Deus ensinado a verdadeira Educação Cristã aos brasileirinhos das escolas públicas. Tudo dentro da mais absoluta legalidade. Quem poderia imaginar que seria justamente o Estado a abrir uma porta como essas? O Senhor já sabia por isso nos deu a visão lá atrás.

Como batista sinto-me feliz e profundamente grato por todos quantos doaram seu tempo, talentos e dinheiro nesta causa. Pela visão, pelas orações e pela perseverança dos batistas sem a qual não poderíamos colher, hoje, os frutos. Ao ver minha amada esposa entre as nove formandas do Curso de Pedagogia só posso declarar: “Que darei eu ao SENHOR, por todos os benefícios que me tem feito?”.

Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos [muito felizes]!

26 de novembro de 2012

Falar com Deus ou contra Ele?

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Por que?
Após as dez pragas, o mar se abrir e sair água da pedra, entre outros milagres, por que o povo ainda murmurava? Parece não fazer nenhum sentido, mas faz.

Havia uma razão para murmuração: a sede, a fome, o temor, ansiedade etc. Sempre houve um motivo legítimo à murmuração. Ninguém reclamava de “barriga cheia”. A questão era a forma. Ao invés de pedir, confiar e buscar a face de Deus, o povo murmurava. Ou seja, o povo não falava com Deus, mas contra Ele (murmuravam). “Até quando sofrerei esta má congregação, que murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações (queixas) dos filhos de Israel, com que murmuram contra mim.” (Números 14,27).

Na língua original a palavra aparece duas vezes tendo o sentido de persistência. Não se tratava de uma reclamação corriqueira, era algo sistemático e insistente. Uma reclamação infundada considerando tudo aquilo que o povo já havia experimentado de/com Deus.

Certamente "Parã" existe ainda hoje. Quantos crentes experimentam maravilhas de/com Deus e logo a seguir, na primeira dificuldade real, começam a murmurar? A vida cristã é um processo. Esta atitude vinda de um novo convertido é algo até compreensível, mas crentes antigos tendo altos e baixos é de se desconfiar.

Talvez estes crentes não estejam realmente maduros, por isso suas vidas com Deus são “aos soluços”. Surge um problema e logo reclamam e esperneiam como uma criança mimada. Em sua bondade o Senhor responde (mesmo que não precise) e então “fica tudo bem”. Mas só até o próximo problema. A solução para este tipo de atitude infantil/inconstante é simples. Leia a Bíblia e ore todos os dias. A vida com Deus não feita de sobressaltos e surpresas. Ela e feita de constância e disciplina.

Outra possibilidade é de se tratar de crestes nominais. Pessoas que não passaram pela experiência radical e inconfundível com o Senhor. Neste caso a solução é mais difícil. Será preciso parar de racionalizar Deus, porquanto se Deus for racional não é realmente Deus. Será preciso buscá-lo como quem deseja encontrar. Será preciso, sobretudo, crer Nele e não em si mesmos.

Em ambos os casos trata-se de egoísmo: ser satisfeito o tempo todo ou confiar em si. Se Deus prova o homem não é para reprová-lo. Ora, a vida é cheia de altos e baixos para crentes ou não. A diferença é que no deserto (de Parã, em Cades) Deus não deixa ninguém morrer. Mas para Ele há um limite para com os murmuradores.

“Dize-lhes: ... Neste deserto cairão os vossos cadáveres, como também todos os que de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes;” (Números 14,28-29).

8 de novembro de 2012

O meu cálice transborda

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Sem grandes preocupações exegéticas, hermenêuticas, históricas etc., apenas o texto pelo texto. Chame como quiser: insight, sensibilidade, revelação ou de pura intuição.

“...  unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.” (Salmos 23,5b)

Debruçando-me sobre este pequeno trecho a questão sempre foi a mesma: Por quê? Por que o cálice transborda?
1 – Temos dois elementos (substantivos) centrais: óleo e cálice
2 – O segundo, o cálice, transborda
3 – O primeiro, o óleo, é transbordado.
Por que o cálice transborda?

Inferência sobre o cálice. 1 – Tem formato definido; 2 – Tem um volume mensurável; 3 – Pode estar no máximo cheio e no mínimo vazio; 4 – Não pode reter mais que sua capacidade.
Inferências sobre o óleo. 1 – Não tem formato definido; 2 – Não tem volume mensurável (não no texto); 3 – Não conhecemos o seu máximo ou mínimo; 4 – Não pode ser retido pelo cálice.

Perguntas movem as mentes e esta estava equivocada. Porque não é o cálice quem transborda. É o óleo que extrapola o cálice! No início ele se amolda ao primeiro – até o limite da borda – depois o ultrapassa para além dos limites e definições até assumir seu real formato (sem forma definida). Ora, se transborda é porque preencheu totalmente o cálice por dentro e, agora, o recobre por fora. Mais, ele ganha um novo espaço. Ele, o óleo, se derrama. Começa por se derramar dentro até chegar o momento de se derramar também fora dele.

O cálice, visto de fora, – se for opaco – não se pode saber se está cheio, vazio ou em processo. Somente o próprio cálice sabe a quantidade de óleo nele contida. Contudo, ele não consegue reter todo o óleo porquanto seu volume é menor. Ele consegue, no máximo, reter o primeiro à sua própria medida e moldá-lo a seu próprio formato. Depois... depois o óleo lhe escapa, o envolve e se esvai. Trasborda sem controle, sem formato, sem medida.

Conclusão: O cálice só pode estar cheio/vazio, é limitado e tem forma definida. O óleo, não cabe no molde do cálice, é maior que ele e não tem forma definida. Além disso, é fluido, viscoso e antiaderente. É ele quem se faz transbordar e não aquele.

É só uma tese carecendo de aprofundamento, admito. Mas segundo o pressuposto, o texto pelo texto, é o que pude intuir. Claro, somente após mudar a pergunta para. Por que O ÓLEO transborda o cálice? Faz mais sentido, não?

7 de novembro de 2012

Reconhecimento do MEC, uma vitória e um sonho

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Hoje, após longos anos de luta e espera, um antigo sonho se realiza: o curso de Teologia está oficialmente reconhecido no MEC.

Muitos são os que ousaram sonhar com este dia e ele finalmente chegou.
Estamos todos felizes com mais esta conquista do Seminário do Sul e por que não dizer dos Batistas brasileiros.

Clique aqui para consultar o e-MEC















Clique aqui para ver a publicação no DOU

2 de novembro de 2012

A infantil busca de felicidade

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Por: Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Uma característica muito forte na criança é a busca do prazer. Ela quer apenas o que é agradável. Um exemplo simples, banal mesmo: legumes e verduras não são agradáveis. Doces, sim. Também para o adolescente: fazer os deveres da escola não é agradável. Perder-se em banalidades pelo celular é.

De adultos espera-se noção de dever e senso de responsabilidade. Trocar fraldas e limpar bebês não é a coisa mais cheirosa do mundo. Mas as mães fazem isso. Ser adulto é saber que a vida é algo mais que buscar prazer. Por isso, uma das frases mais tolas que li é “Todo homem tem direito à felicidade”. O que é felicidade? Para o viciado, uma pedra de crack, uma picada, mais um gole. Para o sádico, causar dor a alguém. A felicidade do atacante é a dor do goleiro adversário.

O alvo da vida é ser feliz? Isso explica o caos do mundo: o egoísmo, a indiferença aos sofredores, o luxo sibarita diante da fome alheia. Um lar desfeito por que o marido acha que tem direito a ser feliz e larga a esposa e filhos para viver com uma sirigaita mais nova. Ou por que a moça não assume que é mãe e deve viver nova realidade; ainda quer ser “gatona” e “curtir a vida”. Avultam casos de bebês largados por mães que foram ao baile, no seu direito de felicidade. Esta postura infantil de tantos adultos tem produzido um mundo miserável, onde a piedade escasseia e a mesquinhez cresce.

Isso acontece no evangelho. As pessoas não consagram mais a vida ao serviço de Deus. Ele existe para torná-las felizes. Elas não mais servem à igreja nem se engajam nela para serem úteis. A igreja se torna um espaço social onde exibem sua vaidade e buscam reconhecimento. Se não os obtêm, passam a falar mal da igreja, alheiam-se ou buscam outra. Nunca vi um crítico contumaz de igreja exibir vida espiritual exuberante. Espalham mal estar por onde passam, cheias de ranço.

Ao lavar os pés dos discípulos, Jesus ensinou uma grande lição: mostrou-se como servo, realizando uma tarefa baixa, de escravo. E disse: “Se eu, Senhor e Mestre, lavei os vossos pés, também deveis lavar os pés uns dos outros” (Jo 13.14). Ele disse que “não veio para ser servido, mas para servir…” (Mc 10.45). E sinalizou a vida rica, abençoada e feliz: a que é útil, a que serve. Felicidade é um subproduto de utilidade. Quem tem uma vida útil, que beneficia aos outros, é uma pessoa realizada. Quem só quer receber é como as filhas da sanguessuga: “Dá! Dá” (Pv 30.15). Nunca se satisfará.

O reino de Deus carece de mais cristãos adultos e menos bebês espirituais. Carece de gente que queira ser útil e queira servir. Que critique menos, que não queira visibilidade e importância, mas que entenda a lição de Jesus: nós nos realizamos na autodoação à obra e aos outros.

“Ninguém busque seu próprio bem, e sim o dos outros” (1Co 10.24). Adultos espirituais e emocionais são felizes. Bebês espirituais não são engraçados e dão muito trabalho!

Fonte: http://www.isaltino.com.br/2012/11/a-infantil-busca-de-felicidade
Ilustração: Leonardo Martins
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