Todos os dias vemos pessoas que se comportam exatamente como estes dois homens. Para se afirmarem boas desvalorizam o outro. O outro só é reconhecido como um exemplo ruim para que o “eu” seja exaltado. Ou seja, o valor do “eu” está diretamente ligado à falta de valor do outro.
O problema é que este comportamento vem se tornando, a cada dia, mais frequente dentro das igrejas chamadas cristãs. Quantos “irmãos” precisam mostra o quanto são importantes e competentes, para tanto fazem questão de mostra como o outro não é tão bom nem tão competente. Esses costumam dizer ou lamentar-se: “os outros me chamam, mas aqui nunca me dão uma oportunidade”, “se fosse eu faria muito melhor” e assim por diante. Gente sedenta de cargos, holofotes e reconhecimento.
Se não é assim pergunto: quantos participam do grupo de oração e quantos se entregam as cantatas? Quantos irmãos participam das vigílias e quantos vão aos retiros? Quantos trabalham nos congressos e quantos no evangelismo?
Como cristão precisamos aprender com o Mestre. Na noite da Sua despedida, ele colocou-se como servo lavando os pés dos seus discípulos. Mas por que o Mestre faria isso? – foi a pergunta dos discípulos. A resposta de Jesus foi imediata: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”. (João 13.15). Nada mais direto e claro.
Não é preciso ser doutor em teologia para entender este ensino de Jesus. Qualquer pessoa é capaz de interpretá-lo. Logo, o verdadeiro líder deveria ser o que mais serve. “E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo”. (Mateus 20.27).
Jesus Cristo, (de onde vem a palavra cristianismo) foi o maior exemplo de como agradar a Deus, humilhando-se a si mesmo, em obediência. E “por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome” (Filipenses 2:9).
“Por isso” o que?
Porque Jesus, sendo Deus “...esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;” (Filipenses 2:7). Mas ele, não somente esvaziou-se também “...humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”. (Filipenses 2:8). Foi por essa razão que “Deus o exaltou”.
Jesus: exaltado por Deus por causa de sua humildade. O homem: exaltado pelo homem por causa da sua vaidade.
Portanto, o cristão há de saber que quanto mais perto de Deus “mais pequeno” há de se sentir e mais humilde há de tornar-se simplesmente porque Deus é grande demais. É no confronto com o Senhor que percebo que tanto eu quanto meu irmão, somos, tão somente, um grão de areia. E, se eu me julgo melhor que meu irmão, certamente, é porque não estou tão perto de Deus quanto imagino.
“Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade”. (Eclesiastes 1.2)
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