20 de setembro de 2009

Que pastor que nada, eu quero é uma Hilux!

12 Depoimento(s)
Entender o ministério pastoral como profissão é o maior erro teológico que se pode cometer. Erro porque contraria a visão de Jesus, repete os mesmos erros do passado, expõe o caráter do pastor e cumprem, neste, as profecias de maldição.

Jesus, a quem chamávamos de cabeça da igreja, também era conhecido como Cristo (O ungido). Este título era a coluna principal das religiões que confessavam o Seu nome, as religiões cristãs. Mas Jesus escolheu ter uma vida simples. Ele nunca foi eleito sacerdote, ocupou cargos ou fez um trabalho relevante em sua denominação. Seu saber vinha do alto, seu sustento era a Palavra viva e sua igreja (o mundo) cabia no seu coração. Nas poucas vezes que era chamado às grandes conferências ou a presença de pessoas importantes, tinha a “agenda cheia”. Estava sempre ocupado com pobres, viúvas, coxos, cegos, leprosos e defuntos. E, nas oportunidades em que falava no templo era sempre expulso.

Também os Escribas e Fariseus cometeram o mesmo erro. Levaram a formalidade, a eclesiologia e a teologia a nível mais vil que se poderia chegar. Não compreendiam nem mesmo as mais duras advertências do filho do homem. Estavam cegos e surdos por suas empáfias, não se atinham ao opróbrio de suas vidas e suas ações assim como, também hoje, temos visto. Mas e o povo? – Eles não precisam entender. Precisam pagar bem, precisam me oferecer mordomias e regalias afinal, “fiz por merecer”. Pastor!? Que pastor que nada, eu quero é uma Hilux.

Esta visão denuncia o que realmente pensa o futuro (ou presente) ministro da “palavra”. E tudo com a aprovação das igrejas cheias de crentes vazios do Espírito Santo. Eles tornaram-se reféns da sua própria ignorância e incapazes de perceber qual seja a verdadeira intenção dos seus líderes. O maior descalabro desta situação caótica materializa-se na venda de indulgências, como também outras igrejas cristãs já o fizeram (será não aprendemos nada de bom?). Sim! Porque sabemos que existem dízimos maiores que outros; algo que nem a matemática nem a Bíblia conseguem explicar. Sim! Todos são iguais; “mas alguns são mais iguais que outros”.

Finalmente, o maior de todos os erros é não perceber que nestes futuros pastores (ou presentes) se cumprem as maldições dos últimos tempos. Esse é um motivo de grande tristeza, entretanto, é também o único que traz algum alento. Para àqueles que não perderam a visão, esse é um prenúncio da volta do Senhor Jesus (só para quem não perdeu a visão). Porque esses são os vasos de desonra que têm aparência de piedade, mas negam a eficácia dela; são estes que entram pelas casas e levam cativas mulheres néscias; são esses os doutores criados pela concupiscência de um povo, que tendo comichões nos ouvidos, não suportam a sã doutrina.

A Hilux não é UM carro, mas O símbolo. Símbolo da Alta Luxúria (Hi lux), do poder e da hipocrisia. Mas cuidado! Um dia desses ao parar no sinal, você poderá ser abordado por um sujeito maltrapilho a te pedir carona. Com medo de perder sua “preciosa” Hilux você arranca e ao olhar pelo retrovisor você verá (talvez) que era Jesus. Mas tudo bem, quando chegar àquele dia, você poderá dizer a Ele que se enganou por causa de seu vidro fumê.

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. (Mt 7.22,23)
 
Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando. (Mt 23.13)

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10 de setembro de 2009

Honrarás a teu pai e a tua mãe

3 Depoimento(s)
Sua vida havia se tornado o avesso de tudo que ele tinha vivido até então. Não era rico, mas nunca havia sentido falta de nada. Agora se tornara um menino muito pobre. Naquelas férias, como nas anteriores, ele só queria brincar. Vendo os meninos correndo de lá para cá ele queria ir junto, mas não podia.

Quando ela chegou, ele pediu com muita insistência: “Mãe, me compra um carretel de linha”. No fundo ele sabia que isso não mais aconteceria. Sua dura realidade; cada dia um novo desafio. Apesar de pequeno ela já entendia que seu pedido era de certo modo egoísta.

Novo dia, nova manhã. Lá vai ela para o trabalho, com as recomendações de sempre. Tem que ser assim, quando a vida impõe que um menino de nove anos cuide de seus irmãos ainda mais novos.

Corre pra lá e pra cá, pipa vai e pipa vem e o menino sonha. Mas de repente, surge uma oportunidade. Um garoto esquece sua lata de linha junto à cerca para correr atrás da pipa. Como não podia sequer sair de casa, ele aproveita para pegar aquela tentadora lata de linha. Que maravilha! Pensava consigo. Finalmente vou soltar pipa amanhã. De algum modo, mesmo sem ser cristão, ele sentia que algo não estava bem, mas a alegria daquela lata cheia de linha era demais.

Só à tarde ele aprenderia uma lição que jamais esqueceria. Depois de uma dura correção física, teria obrigatoriamente que chamar o dono e lhe devolver o que pegou e pior, pedir desculpas. Isso doeu mais que a surra que levou. Após devolver o furto e pedir desculpas, aquela noite marcaria seu pior temor para o resto da vida. Numa conversa franca e amiga sua mãe lhe disse: “Meu filho, roubar é errado não importa o que seja. Quem rouba um centavo ou um milhão é ladrão do mesmo jeito”.

É curioso como algumas coisas marcam nossas vidas para sempre. Mesmo assim às vezes esquecemos. Já adultos às vezes cometemos os mesmos erros do passado. E tem sido assim neste tempo. Muitos acham que está tudo bem se pegar só uma pequena parte. Ninguém vai notar mesmo. Começa com a caneta do escritório. Mas é só uma caneta. Ninguém vai dar falta. De peça em peça, de justificativa em justificativa vamos furtando, nos apropriando daquilo que não é nosso.

E nós, crentes em Jesus? Temos dado o exemplo? Quando eu ainda não era crente sempre achava estranho como os crentes nunca levavam vantagem. Fosse o que fosse sempre agiam do mesmo modo. Não colavam na escola, não pegavam nada que não lhes pertencesse, nem faziam uso do “achado não é roubado”. Se é saudosismo não sei, mas que sinto falta, sinto. Hoje furtamos e trapaceamos descaradamente. Pior, em nome de Deus. De Deus? Se é para louvar ao Senhor vale música pirata, programa de computador pirata, vídeo, DVD, foto e sei lá mais o quê. Tudo pirata.

Sempre tem quem diga: Mas não é para obter lucro então não é pirataria. Não!? Como é isso? Só dói nos outros? E se seu sustento dependesse de um trabalho que outro copiasse e você não recebesse nada? Aí o irmãozinho te diz: “... eu gostei tanto do seu trabalho que resolvi ‘abençoar’ um outro irmão mais pobre que não tem como comprar. Eu não tive lucro então está tudo bem”. Será que está? E Deus como fica? O que Ele diz?

Tenho um amigo que não é crente e tem muita curiosidade a respeito do que seja ser cristão. Ele tem muitas posses, é muito culto e inteligente. Mas apesar de não temer a Deus, pauta sua vida num procedimento correto diante das leis e dos homens. Não é fácil falar de Jesus para ele, que dirá dos cristãos. Entendo o Senhor Jesus quando diz “porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração que os filhos da luz” (Mt 16.8b). Ao final dessa parábola os fariseus também zombaram de Jesus (Mt 16.14). Mas Jesus lhes disse: “Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações” (MT 16.15a).

Eu confesso. Também eu caí nesta armadilha. Trabalhando com informática dizia em meu coração: preciso estar atualizado, se não fico fora do mercado. Não tenho como comprar, é muito caro. Dois grandes enganos. Sempre tive como comprar; o dono do ouro e prata está com os que o temem. Não é estar por dentro das novidades que me mantém no mercado; mas a Palavra que vem da boca de Deus. O problema é que nunca perguntei ao Senhor; preciso realmente desse programa no meu trabalho? Se for assim, me ajude a adquiri-lo sem envergonhar o Teu nome.

Como Cristão a pior ofensa para mim é ser chamado de ladrão. Se de tudo nada se aproveitar, fica o quinto mandamento. Não envergonharei o nome de minha mãe sendo chamado de ladrão. Portanto, o oitavo mandamento “não furtaras” (Êx 20.15) está diretamente ligado à promessa do quinto, “para que se prolonguem os teus dias sobre a terra” (Êx 20.12b). Porque furtar também é desonrar o teu pai e tua mãe, ainda que em memória.

(Obrigado professor Adalberto)

Leonardo Martins.


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