27 de maio de 2015

Antes mesmo dos pastores

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“De Mileto, Paulo pediu para que fossem chamados os presbíteros da Igreja de Éfeso ... tende cuidado de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos estabeleceu como epíscopos para pastoreardes a Igreja de Deus, q
ue Ele comprou com o sangue do seu Filho Unigênito.” (At 20.17,28)

Apóstolo dos gentios, Paulo foi quem mais contribuiu para a expansão do Reino de Deus na sua época. Dedicado e incansável, fundou duas das três maiores igrejas do império, Corinto e Éfeso. (Só não fundou a igreja de Roma). Durante três anos, em Éfeso, Paulo ensinou sobre o Reino de Deus com total zelo e dedicação: “jamais deixei de vos pregar nada que fosse proveitoso, mas vos ensinei tudo em público e de casa em casa” (v. 20). Agora, de partida para Jerusalém, ele sabia que não voltaria mais a ver aqueles irmãos; sabia dos riscos da sua partida e, por isso, grande era sua preocupação com o futuro da igreja ainda sem pastor. “Eu sei que, logo após minha partida, lobos ferozes se infiltrarão por entre a vossa comunidade e não terão piedade do rebanho” (v. 29).

É nesse contexto que o apóstolo entrega a responsabilidade daquela grande igreja aos anciãos (presbíteros), os quais nomeia bispos (epíscopos). Todos tinham o mesmo tempo de experiência cristã, três anos, todavia, os mais velhos (os anciãos) tinham mais experiência de vida. A igreja nascida de casa em casa não tinha templo, não tinha pastor e, agora, perderia seu líder, Paulo. Por outro lado, havia o perigo iminente e real da igreja se perder. Mas Paulo sabia que podia contar com os mais experientes: “tende cuidado de vós mesmos e de todo o rebanho...”.

Portanto, apesar da sua simplicidade, a igreja primitiva já contava com a liderança forte dos anciãos para continuar viva e proclamando o Reino de Deus. Uma liderança estabelecida pelo Espírito Santo para pastorear “a Igreja de Deus”: antes mesmo que chegassem os pastores.

12 de maio de 2015

O que é exortar?

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“Eu te encorajo solenemente, na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, por ocasião da sua manifestação pessoal e mediante seu Reino: Prega a Palavra, insiste a tempo e fora de tempo, aconselha, repreende e encoraja com toda paciência e sã doutrina” (2Tm 4.1-2).

Esses versículos acompanham o meu ministério desde o Seminário. Na versão mais conhecida lemos: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes”. Exortar, a mim, parecia ser confrontar, desafiar e até “chamar a atenção” para a Palavra de Deus. De fato, os crentes parecem já saberem tudo da Bíblia ou, por outro lado, esperam que alguém lhes interprete. No entanto, a “longanimidade” já apontava noutra direção. Eu estava enganado e foi na revista da EBD (2014) que descobri o engano. Exortar é “estimular, animar; incutir coragem. Convencer ou tentar convencer, aconselhar (alguém) a (fazer algo)” (Dic. Aulete).

Portanto, exorto (incentivo, encorajo) que você estude, inclusive a Bíblia, inclusive na EBD, porque sempre podemos aprender algo novo que fará diferença nas nossas vidas e na vida do outro. Estimulo que compartilhe o que já sabe com quem sabe menos e, numa via de mão dupla, também se permita aprender. Se faltam valores a essa geração, Deus tem dado tempo e longevidade a quem os guarda, portanto não os guarde para si.

Foi acerca dessas coisas que se referia o conselho do experiente apóstolo Paulo a seu filho na fé, Timóteo. “Porquanto, chegará o tempo em que não suportarão o santo ensino; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, reunirão mestres para si mesmos, de acordo com suas próprias vontades. Tais pessoas se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos” (2 Tm 4.3-4). Faça como Paulo, exorte, encoraje. Deus conta com cada um dos seus filhos e ainda há muito para se fazer, ensinar e aprender.


9 de maio de 2015

Um dia eu chutei a sua barriga e ...

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“Um dia eu chutei a sua barriga e você chorou de emoção. Fiz você engordar uns vinte quilos e você só tinha palavras boas para mim. Fiz você quase morrer de dor e você deu um grito de alegria quando me viu pela primeira vez. Eu roubei o seu tempo, roubei o seu marido e a paixão só aumentou. Mãe, definitivamente você não bate bem e é por isso que eu te amo loucamente.” (autor desconhecido)

Esse texto é motivo de muitas “curtidas” e compartilhamentos nas redes sociais. Ele expressa de forma direta e clara o reconhecimento de um filho pelos sentimentos de sua mãe em meio às situações mais difíceis. Reconhecimento.

O filho de Deus nasceu da mulher, e não do homem, como foi determinado lá no Jardim do Éden. “Estabelecerei inimizade entre ti [a serpente] e a mulher, entre a tua descendência [da serpente] e o descendente dela [da mulher]; porquanto, este te ferirá a cabeça, e tu lhe picarás o calcanhar” (Gn 3.15). “Dela”, feminino singular, e não deles, Adão e Eva. Contrariando a visão de que a Bíblia é machista, Deus dá um valor especial à mulher (sempre deu) e, em particular, a sua maternidade.

Ora, Jesus foi gerado, cuidado, protegido e ensinado pela mãe. – Claro que José foi um excelente pai. Mas, Maria viveu os mesmos sofrimentos, preocupações e a maior dor que qualquer mãe poderia sofrer: ver seu filho morrer de modo tão vil. Diante de seus olhos estava a morte lenta, dolorosa e injusta. Mãe nunca abandona um filho.

Talvez seja por essa razão que o Evangelho de João registre o reconhecimento do Filho; pela mãe que o acolheu, protegeu e cuidou por tantos anos; pela mulher, que mesmo diante do maior infortúnio, estava ali, ao seu lado. “Quando Jesus, contudo, viu sua mãe ... disse: ‘Mulher, eis aí teu filho!’” (Jo 19.26).

Deus, o Pai, reconhece o valor da mulher e da sua maternidade. Jesus, o Filho, viveu de modo exemplar em obediência a pai e mãe. E a ela, em particular, soube honrar. Quer saber qual o presente mais desejado por sua mãe neste dia? ... Se ainda for possível, esteja com ela.


3 de maio de 2015

Na onda da terceirização

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Esse é um dos assuntos mais discutidos hoje no país. Mas o que é ter-cei-ri-za-ção? “Terceirização do trabalho: processo pelo qual uma instituição contrata outra empresa para prestar um determinado serviço.” Por várias razões esta prática vem crescendo no Brasil e no mundo: transferir para outras empresas (terceiros) parte do produto ou serviço que era de sua responsabilidade.

Nossa matriz evangélica sempre teve um alto padrão de qualidade em tudo o que fez. Notadamente nós não herdamos esse mesmo padrão. Com frequência ouvimos: “é pra Deus, então está bom”. Não raro vemos literaturas com baixa qualidade (quando não é cópia, e ruim), músicas mal executadas e por aí vai. Mas como resolver?

Terceirizar é uma tendência que vem crescendo nas igrejas. Quem “pode pagar” contrata músicos de qualidade (se cristão ou não, não vem ao caso), contrata Ministro pra tudo e, claro, terceiriza missionários para cumprir o “ide de Jesus”, afinal essa é ordem do Mestre.

O que diz a Bíblia sobre essas coisas? Deus não economizou: “deu o seu Filho Unigênito”. Jesus não terceirizou: “veio para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. Ele também não fez de qualquer maneira: “humilhou-se a si mesmo, entregando-se à obediência até a morte, e morte de cruz.” A cada ano que passa fico pensando na proximidade da aposentadoria. Desejo dar o meu melhor e fazer o máximo que posso, apesar de ser muito pouco diante do que Ele fez por mim. Não desejo enterrar meus talentos nem fazer de qualquer maneira. Almejo gastar-me no serviço do meu Rei. Por outro lado, não intento terceirizar aquilo que entendo ser a minha responsabilidade e a minha missão. Talvez eu seja um sonhador, como ouço muitas vezes. Que seja! Mas penso em Jesus, em tudo que Ele disse e tudo o que Ele fez. A Jesus sigo, não aos modelos e modismos desse mundo.

Enquanto Deus me der fôlego de vida desejo seguir o exemplo de seu Filho. Ameaçado de morte pelos judeus por curar um paralítico no sábado, Jesus respondeu: “Meu Pai continua trabalhando até agora, e Eu também estou trabalhando” (Jo 5.17). Sempre pergunto ao Senhor: o que posso fazer considerando meus “limites e limitações”? Sei que posso fazer mais, muito mais. Hoje, falta-me tempo. Mas, em breve ...



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